Ana Karolina, a Ágata de Avenida Brasil, fala sobre ter pais gays: “É meio confuso”

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Aloizio Júnior

Quem lembra de Ana Karolina Lannes, a Ágata de Avenida Brasil, deve recordar ainda que, na época em que ela estava no ar, virou noticia o fato de ela ser criada por dois homens.

Agora, em entrevista ao programa TV Fama, a pequena artista voltou a falar sobre os pais. Com 17 anos, ela se orgulha dos pais gays. Orgulhosa do papel na novela de João Emanuel Carneiro, Karolina Lannes mudou bastante e conta que ser criada por um casal homossexual é a coisa mais normal do mundo.

“Tenho dois pais, é meio confuso de falar. Na verdade, eu perdi minha mãe quando tinha de 4 para 5 anos e eu fui adotada pelo meu tio, de sangue, irmão de minha mãe. E aí ele me trouxe para São Paulo. Se casou com o meu padastro. Estamos há 10 anos juntos. Cresci nessa família que eu achava que era a família tradicional brasileira. Nunca tive nada contra. Pra mim, era normal. Eu nunca sofri muito preconceito por isso”, disse.

No ano passado, a Ágata do folhetim da Globo tinha detonado os preconceituosos. “É a mesma coisa que qualquer outra família. Um grita, manda colocar chinelo, colocar casaco, escovar o dente, fala das notas, reclama, tira telefone. É a mesma ladainha. Um é mais carinhoso, outro é mais bravo, um deixa, outro não. É como qualquer casal, não muda nada. O fato de serem dois homens, para menina é até mais legal porque menina geralmente gosta mais do pai, né? Eles são a coisa mais maravilhosa que aconteceu comigo. Se não fossem eles, não sei o que teria acontecido porque quando minha mãe morreu, não tinham quem ficasse comigo, minhas irmãs tinham a vida delas, minha avó já era de idade. Se eu tivesse ido para um orfanato, minha vida teria sido diferente. Tudo que eu tenho, sou e já fiz, devo a eles”, disse ela no vídeo, emocionada.

Ana Karolina Lannes comentou ainda que foi vítima de comentários preconceituosos na época da novela e chegaram a dizer que ela seria gay por viver com um casal homossexual: “Eu não consigo entender gente que julga e tira conclusões precipitadas. Assim como dentro de casa eu vejo dois homens, na rua eu vejo um homem e uma mulher, duas mulheres. Eles nunca falaram para eu ser lésbica ou hetero, sempre me deixaram livre. Se um dia acontecer, é escolha minha. A gente vai se descobrindo. Respeitem a vida da pessoa, o que ela faz. Não importa o que você pensa, guarda a opinião”, afirmou a adolescente, que citou algumas diferenças pro ser criada por dois homens. “Primeira menstruação, maquiagem, demorei um pouco mais. Fui pegando o jeito meio que sozinha, com uma amiga e outra e minha avó que faleceu”.

TV Foco


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